A história do skate: como tudo começou

Se você é fã de esportes radicais, com certeza, já ouviu falar ou teve contato com o skate, e embora realmente ele seja um esporte apaixonante, muitas pessoas desconhecem a verdadeira e real história do skate.

E, pode apostar, vale muito a pena entender como esta prática surgiu e quem foram os seus propulsores.

No artigo de hoje, você vai aprender tudo sobre skate e entender porque este esporte tem conquistado cada vez mais pessoas no mundo. Acompanhe tudo a partir de agora.

A HISTÓRIA DO SKATE – Acompanhe todos os detalhes

Quem inventou o skate?

Quem inventou o skate? esta é uma pergunta muito comum, pois o skate é a paixão de muitos, e isso faz parte integral de sua história.

Você já parou para pensar como ele surgiu, como foi a ideia e o processo de desenvolvimento do primeiro skate? Pois é, esta é uma curiosidade e tanto, não é mesmo?

Bom, para começarmos a entender sobre o assunto, é preciso conhecer um pouco sobre a linha do tempo do brinquedo, então vamos lá.

Existem indícios de que o primeiro skate a aparecer na história surgiu lá no comecinho do século XX, em 1918, quando Doc – Bal, um garo norte-americano fez com as rodas de patins de sua irmã um brinquedo de madeira com 4 rodas. Entretanto, ao invés de andar em pé, o mesmo andava com um dos joelhos, impulsionando o brinquedo com o outro pé. Pode-se dizer que quem inventou o skate estava ali, contudo, esta era apenas uma essência.

Na década de 50, com uma criatividade exacerbada, e digamos que a falta da tecnologia felizmente ajudou no processo, as crianças americanas começaram a fabricar o que podemos chamar hoje de projeto de skate.

Acontecia da seguinte forma: cansadas de seus patins e querendo um pouco mais de adrenalina em suas vidas, estas crianças pegavam as rodas do brinquedo e encaixavam em caixotes e tábuas…

Assim, a brincadeira acontecia com alguns tombos, muito esforço e pouca noção de equilíbrio.

Contudo, o brinquedo começou a se tornar uma febre, e é claro que a indústria não perderia isso por nada. Assim, os skates, tal qual conhecemos hoje, tiveram produção em larga escala.

Tão grande foi o seu sucesso, que na mesma época o brinquedo foi destaque de uma revista americana, a Revista Life.

Com o passar do tempo, algumas adaptações começaram a ser realizadas como uma forma de tornar a brincadeira ainda mais segura e divertida. Falamos brincadeira, porque ainda nesta época, ainda não se reconhecia a modalidade como esporte.

Um nome em destaque na história do skate

E podemos destacar um nome muito importante na história do Skate: Frank Nasworthy, que, depois de muito testar o brinquedo, acreditou que rodas de poliuretano seriam mais seguras e aderentes e assim, as acoplou ao brinquedo.

Então, podemos dizer que Frank Nasworthy foi quem inventou o skate o mais próximo do que vemos hoje.

Curiosidade

Para finalizar esta etapa, é importante destacar uma coisa: no começo, o skate não era apenas um produto oriundo dos patins, pois muitos movimentos com ele eram inspirados na patinação artística, o que foi mudando ao longo da história.

Bom, agora que você já sabe um pouco mais sobre a invenção do skate, vamos entender sua chegada no Brasil e como ele influenciou os brasileiros.

Quando o skate chegou no Brasil

Depois de ser um sucesso americano, o skate começou a ganhar novos espaços no mundo.  No ano de 1960 foi o momento quando o skate chegou no Brasil, tímido, mas cheio de força.

Há indícios de que o skate chegou primeiro no Rio de Janeiro, através de filhos de norte-americanos, que logo apresentaram a modalidade aos cariocas.

É importante destacar que ele não era a principal modalidade, mas sim um hobby adotado por um pessoal que gostava de surfar.

Além disso, skate não foi o primeiro pelo qual este item era conhecido, mas sim “ surfinho”. Isso mesmo!

A história, no entanto, vai ganhando ainda mais contorno ao nos aprofundarmos, veja só!

Do esquecimento à Glória – história do skate

É natural que, em alguns momentos da história, alguns esportes percam a força. E foi isso o que aconteceu com o skate, não só nos Estados Unidos, local onde o mesmo surgiu, como aqui no Brasil.

No ano de 1974, no entanto, Skate volta a se tornar evidência novamente. Tudo isso aconteceu na história do skate graças a um nome: Frank Nashworthy, que já comentamos aqui.

Quando Frank descobriu o uretano e aperfeiçoou o skate, as pessoas começaram a se interessar mais por ele.

Afinal de contas, agora se tornava possível fazer manobras e andar com muito mais estabilidade em um skate.

Assim, entre os nomes que se destacavam neste universo estavam Cadilac Kid e Greg Weaver. No Brasil, nomes como Marcelo Bruxa, Maninho e Alexandre Gordo, entre muitos outros, também ganhavam força. Foi aí que o skate começou a ganhar fama como esporte radical.

O primeiro campeonato de Skate no Brasil

Não poderíamos falar em história do skate, sem citarmos esse momento histórico do esporte: o primeiro campeonato de skate.

Este, aconteceu no ano de 1975, no Rio de Janeiro em um local chamado de Quinta Boa Vista.

É claro que no começo, tudo foi muito simples. E como um bom esporte praticado nas ruas, este primeiro campeonato aconteceu neste local;

Aqui, podemos citar algumas manobras, que também são consideradas as primeiras do skate, sendo elas:

• Cavada no asfalto – onde o movimento consistia agachar ao máximo em cima do skate, mas com estilo
• Bananeira sobre o skate – o nome já conta tudo, não é mesmo? Essa manobra exigia que o skatista andasse no skate com as palmas das mãos;
• Rolamento de proa sobre dois skates – manobra que exigia que o skatista ficasse sobre dois skates enquanto tentava realizar a manobra;
• Piruetas e salto em altura com skate;
• Salto à distância com skate.

Embora ali fosse somente o começo, já era possível identificar que para se ter sucesso com o skate, era preciso treinar muito e gostar da aventura.

Como era o skatista nessa época

Interessante entender também, dentro da história do skate e quando o skate foi criado, o seu estilo.

Nesse caso, alguns pesquisadores notaram em fotografias e registros históricos do esporte que os skatistas se pareciam muito com os surfistas.

Sim, pois não era incomum que o visual do skatista incluísse:

• Cabelos compridos, e, na maioria das vezes, despenteados;
• Shorts curtos e mais largos;
• Camisetas que continham cores mais fortes, que causassem impacto que fossem capazes de contrastar com a rua.

Além disso, para a proteção, como não tinham equipamentos próprios para época, os skatistas, para se protegerem contavam como joelheiras de vôlei.

E imagine só que andar de skate com tênis não era regra! Pois é, muitos skatistas corriam o risco de ter ferimentos graves, já que as manobras eram praticadas no asfalto. Contudo, o importante era competir e mostrar toda a sua radicalidade com estilo, e não há de se negar que isso eles tinham, e muito.

Assim, em 1975 aconteceu o primeiro, mas não o único, campeonato de skate, já que no ano de 1976 ocorreu o primeiro campeonato de Skate a nível nacional.

Neste momento, o Skate saiu da rua e foi para o clube, ganhou algumas modificações, deixando o esporte mais padronizado.

Podemos dizer que isso também foi um marco para a história do skate.

A primeira pista de Skate da América Latina

Os anos 70, com certeza, foram muito marcantes para o skate como esporte. Prova disso é que ainda no ano de 1976 foi inaugurada a primeira pista de skate da América Latina em Nova Iguaçu – RJ. Algo que revolucionou o esporte.

A partir deste momento, o entendimento do skate como esporte passa a ser mais forte no Brasil.

A primeira revista de Skate

O Skate ganhou tanta força e importância no Brasil que, no ano de 1977, ganhou a sua primeira revista: Revista Esquete.

Em sua primeira edição, a revista tinha como foco ensinar como montar e manter seu skate de forma mais técnica, além da apresentação de 124 manobras diferentes.

Mas não só isso, a revista também prendia seus leitores, apaixonados pela modalidade, ensinando como julgar campeonatos bem como, informando as pistas que já existiam no Brasil. Ou seja, para os skatistas, a revista se tornou o centro das informações, algo muito importante.

A partir daí, o esporte viu a sua história ganhar mais formas, profissionalismo no Brasil, o que não parou até hoje.

Do Skate Vertical para o estilo livre

Antes de falarmos quem são as lendas do skate dentro da sua história, é importante mostrarmos algo que marcou o esporte.

No ano de 1980, o skate de curvas, como assim era conhecido, começou a dar lugar para o skate estilo livre.

A modalidade, que tem sua prática sem uma pista específica, passou a ter muitos adeptos.

Assim, entre as lendas do skate desse momento, podemos citar os mais diversos nomes, como Aladim, Vitchê, Sérgio Negão, Ormar Fossa, Fraldão, Flávio, Edu Brito, Tai Tai, entre muitos outros.

Todos estes nomes, e muitos outros que ainda faltaram aqui, foram destaque dos campeonatos de skate. No entanto, estes campeonatos estavam se tornando cada vez mais escassos.

A grande vantagem, é que estes campeonatos passaram a ter mais modalidades dentro do esporte, adotando o Freestyle  que dariam forma à mais uma modalidade: o Skate Street.

História do skate – o primeiro tênis de skate

E se estamos falando de skate, é claro que não podemos nos esquecer dos acessórios que o acompanham.

E aqui na Ímpar, você encontra tudo o que precisa para andar de skate com segura e estilo. Mas, infelizmente nossos colegas skatistas não tinham tantos acessórios disponíveis assim, e acreditem, eles ralaram muito.

Felizmente, a indústria passou a desenvolver um olhar mais voltado para estes esportistas. Assim, no ano de 1983, surgiu o primeiro tênis de skate do Brasil, o Mads Rats.

Interessante destacar que esse modelo foi desenvolvido por dois skatistas: Márcio Tanabe e Duarte Yura.

É possível pensar que, com isso, tudo ficou muito bom, já que agora os skatistas tinham um acessório para a sua prática esportiva, mas as coisas não foram bem assim.

Isso porque o estilo dos skatistas mudou muito nessa época, pois os skatistas, que antes tinham uma pegada mais surfista, agora estavam buscando um estilo mais punkrock.

Assim, entra um visual com tênis mais quadriculados, roupas rasgadas e com cores mais sóbrias e trilhas sonoras com heavy-metal.

Tudo isso pode ser notado no II Campeonato Brasileiro de Guaratinguetá, onde pode-se ver um público bem punk.

Os cabelos também mudaram muito, dos compridos e despenteados cabelos, agora o que as pessoas viam eram penteados moicanos, coloridos.

No cenário internacional, o skate também estava em evidência e as revistas da época eram Thrasher, Hobie e Skateboarding.

O skate como ramo empresarial

Apesar de muitos acreditarem que o skate consiste apenas em uma modalidade de rua e radical, não é isso que sua história nos mostra.

O skate se transformou em uma marca, em algo que transformou a vida de muitas pessoas.

Dentro da história, esse marco se deu com a fundação União dos Skatistas e Empresários ( USE) no ano de 1987. Já no ano de 1988, surgiu a União Brasileira de skate (UBS).

Nesta mesma época, festivais que envolviam skatistas e artistas internacionas também começaram a surgir.

Na televisão, o skate também ganhou espaço com um programa chamado “ Grito de Rua”.

História do skate – uma história de repressões

No Brasil, a história do skate, muitas vezes, também se mistura com a história do Brasil. E apesar de toda a radicalidade e liberdade de expressão que este esporte trouxe, isso passou a incomodar algumas pessoas.

No governo de Jânio Quadros, houve uma forte repressão da Prefeitura de São Paulo aos skatistas. Assim, a prática de skate começou a ser limitada nas ruas.

Isso mesmo, o skate não passou a ser bem-visto pelas autoridades.

No parque Ibirapuera, por exemplo, andar de skate foi proibido. E após um protesto de skatistas em frente à prefeitura, a prática de skate passou a ser proibida em toda a cidade.

Mas isso não foi o suficiente para deter os apaixonados por skate, pois no ano de 1989 a Copa Itaú de Skate foi um evento com record de público. Além disso, teve a presença de lendas do skate como Micke Alba, Joe Jhonson e Mark Gator.

Novas tendências no skate

A década de 90, que prometia ser uma das melhores para o skate, não foi. Isso porque a situação do Brasil não era tão boa, escândalos políticos, pobreza e inflação faziam parte deste cenário. Assim, o skate saiu um pouco de cena, já que algumas revistas famosas tiveram que fechar as portas e as pessoas realmente estavam preocupadas com a situação da economia.

Mostrando, no entanto, que o skate também já era uma paixão nacional difícil de ser esquecida, uma nova organização surgiu: a Associação Brasileira dos empresários de Skate (ABESK).

Assim, juntamente com a UBS, a ABESK retomou a organização de eventos surgindo então, novas lendas do skate compostas por: Ricardo Pinguim, Márcio Tarobinha, Marcelo Just, Fábio Chupeta, entre muitos outros.

Essas novas lendas, no entanto, eram um tanto quanto intolerantes com as velhas práticas dentro do esporte.

Isso contribuiu para o desenvolvimento de Truck Trackers e H21 de parafusos centrais que são compostos por aço especial de autocarbono e liga de colbato. Além disso, continham amortecedores de 90 a 97 Shore sendo à base de pintura Epox.

História do Skate – O movimento que valorizou os skatistas

Até o ano de 1994, os skatistas não podiam considerar a prática de skate como unicamente sua profissão. Isso porque não ganhavam para isso.

Para competirem, além da paixão, os skatistas ganhavam apenas tênis, camisetas e outros acessórios. Mas como não se vive apenas disso, uma grande revolução começou a acontecer entre os skatistas.

Assim, “O movimento” como assim é chamado, foi uma ação por parte dos skatistas que reivindicava:

• Melhores salários – já que nem possuíam um;
• Boas condições de trabalho – ou seja, terem pistas em boas condições para o treino, rampas, entre outros;
• Melhores equipamentos – que suprissem todas às necessidades de uma prática segura do esporte.

Pode-se dizer que estas reinvindicações foram atendidas, mas a partir daí os eventos começaram a limitar a entrada dos participantes. Deste modo, apenas profissionais poderiam participar.

Assim, estes espaços também começaram a incrementar, se tornando espaços para receberem não só skatistas brasileiros, como também, mundiais.

Contudo, é possível afirmar que a profissionalização só aconteceu mesmo no ano de 1998. Neste momento, pode-se perceber que era possível viver apenas de skate com suas premiações e salários.

Assim, o skate que era apenas um esporte praticado na rua, começou a ganhar destaques jamais imaginados.

Skate na mídia

Com o boom do skate e sua profissionalização, ele começou a se tornar algo forte em muitas tribos. Foi nesse momento que surgiram produções de vídeo e Tv a cabo sobre o esporte.

E é aqui que devemos dar destaque à lendária Banda Charlin Brown Jr. Se você nasceu nos anos 90, deve se lembrar de sucessos como “Proibida pra mim” ou “Lugar ao sol”.

Liderada pelo inesquecível Chorão, a banda lançou o segundo disco que foi sucesso de vendas.

Com o advento da internet, os campeonatos de skate passaram a ser transmitidos ao vivo enquanto muitos sites sobre skate surgiram.

Principais modalidades do skate

A história do skate não apenas evidenciou cada estilo, como também mostra o quanto o esporte é democrático. Assim, para que possamos nos aprofundarmos ainda mais, vamos entender quais são as principais modalidades de skate existentes.

Freestyle

Esta modalidade, consiste na execução de manobras mais livres e em sequência.

São manobras mais artísticas, que precisam ser então praticadas em lugares mais planos. E, assim como o nome indica, a prática é realizada em estilo livre onde o skatista pode colocar os pés e as mãos no chão.

Para praticar essa manobra, o skatista precisa ser bastante criativo, e não estar muito preocupado em executar uma técnica.

Skate Street

Esta modalidade consiste em uma mistura de Freestyle mas que encorpa manobras de velocidade e slide. Além disso, os skatistas que praticam esta modalidade costumam utilizar para as suas manobras, corrimãos, escadas, bancos e o que mais for possível realizar uma manobra radical com o skate.

Skate Longboard

A modalidade Skate Longboard requer que o skatista realize suas práticas com um skate bem maior do que o convencional, que pode chegar até 50 polegadas.

Aqui, destaca-se que este esportista deve possuir habilidades para se locomover com o skate de maneira adequada.

Downhill Slide

Esta é para quem gostar de andar de skate em ladeiras fazendo com que o skate dê uma derrapada lateral no asfalto, ou seja, o slide. Com esta manobra, o skatista consegue chegar até o final da prova com uma velocidade nem muito alta nem muito baixa.

Skate Bowl

A modalidade acontece dentro de piscinas com paredes que estão em transição, remetendo às práticas antigas, que ali aconteciam.

Montainboard

Se engana quem acredita que as modalidades acabaram, prova disso é a modalidade Montainboard, que significa descer uma montanha com skate.

O interessante é saber que, para praticar esta modalidade, o skate precisa ser adaptado com rodas e pneus. Além disso, ele tem eixos mais largos e suportes, onde assim, se torna possível prender o pé no shape.

Megarrampa

Para terminarmos, vamos falar da Megarrampa. Esta modalidade é muito famosa e foi de autoria Jonh Tyson com ideia de Danny Way.

Muito comum em campeonatos de X-Games, os skatistas que praticam essa modalidade têm que descer enormes rampas com seu skate. No Brasil, a maior rampa conta com 112 metros de extensão e 30 metros de altura.

Como podemos ver, existem muitas modalidades de skate, algumas delas, nem estão presentes nesta lista. O que precisamos entender, portanto, é que o skate recebe a todos os tipos de pessoas. Não se trata apenas de um esporte radical, mas que também proporciona boas sensações aos seus adeptos.

Dia estadual do skate em São Paulo

Depois de tantas transformações, e passado o governo de repressão, foi criado no ano de 1995, um dia estadual para o Skate em São Paulo, sendo comemorado no dia 3 de Agosto.

A proposta partiu do então vereador da época, Alberto Hiar, mais conhecido como Turco loco, que foi aprovada pela câmara municipal bem como, ratificada pela Lei 11812.

A data veio justamente para reparar os anos de proibição impostos por Jânio Quadros, como já citamos. Felizmente, essa decisão foi revogada na administração seguinte.

Assim, com o Dia do Skate, muitos eventos foram realizados, reforçando ainda mais a prática do esporte.

A mulher na história do skate

E não só por homens é constituída a história do skate, muito pelo contrário, as mulheres têm um papel fundamental no esporte, tanto que existem grande lendas do skate feminino.

É claro que a introdução das mulheres dentro desta história não foi fácil, pois havia muito preconceito sobre a prática de mulheres em atividades radicais, contudo, elas mostraram que, em se tratando de manobras radicais, não estavam para brincadeira.

Bom, e mesmo mediante ao preconceito e tudo o que permeia a história do skate, é possível identificar dentro da história mulheres que se destacaram. Na década de 60, por exemplo, onde no Brasil o skate nem havia dado as caras, já tinha uma mulher vivendo como profissional do skate.

Isso mesmo, Pati McGuee, com apenas 19 anos, essa incrível mulher fez do skate o seu meio de vida, sendo a primeira a se tornar uma profissional. Além disso, McGuee foi a primeira também a vencer um campeonato de skate feminino na história.

E não para por aí…

Peggy Oki foi a primeira skatista foi a única mulher que fez parte de uma famosa equipe de skate, a Z-Boys. Este grupo de skate foi um dos que tiveram mais destaque na história do esporte nos anos 70.

No Brasil, a mulher também fez parte dessa história. Leni Cobra, como era conhecida, se tornou destaque no skate feminino quando apresentou manobras realmente hilariantes no ano de 1987, na pista de Guaratinguetá-SP.

E em se tratando de moda skatista, não pense que ela foi voltada apenas para os homens, muito pelo contrário. Apesar de acessórios femininos para o skate aparecerem apenas nos anos 90, eles também fizeram história. Assim, Cara-Beth Bursine assinou um tênis skatista criado especialmente para as mulheres, o que se tornou, inclusive, um legado para as outras gerações.

E ainda falando de Cara-Beth Bursine, ela também foi uma das primeiras a estar em uma capa de revista de skate. Isso, no entanto, era incomum para a época, pois estamos falando do ano de 1989. Hoje em dia, a skatista é símbolo do skate feminino, e não é para menos!

A primeira revista impressa de skate feminino

Como podemos ver, dentro da história do skate, não era incomum o aparecimento de revistas de skate. Até os dias atuais, estas revistas são recheadas de conteúdo interessante, seja sobre acessórios, campeonatos, como também, sobre o próprio skate.

É claro que com a evolução da internet, surgiram também os sites e blogs de skate. Como é o caso aqui da Ímpar Skate, que além de trazer os melhores acessórios para você, também traz conteúdos interessantes, tudo para que você fique ainda mais por dentro deste mundo.

O fato, no entanto, é que as mulheres pouco faziam parte deste cenário de revistas. Porém, tudo mudou através das brasileiras. Isso mesmo, a primeira revista de skate feminina foi desenvolvida por brasileiras.

Entre os nomes de destaque, estavam as lendas do skate feminino Lisa Araújo, Luciana Eligton e Ana Paula Negrão. Assim, o nome da revista foi “ Check Out It. Esta revista fez tanto sucesso, que acabou se tornando uma referência não só para o Brasil, mas de maneira internacional, fazendo com que os anos 90 se tornassem ainda melhores para o skate.

Grandes marcas e as skatistas

O universo do skate sempre contou com o patrocínio de grandes marcas. E embora no começo elas apenas oferecessem camisetas e alguns acessórios, ainda assim, era incomum que elas patrocinassem as mulheres. Mas tudo isso mudou a partir dos anos 2000.

Produções audiovisuais e independentes na história do skate feminino

Com o advento da internet, muitos skatistas aproveitaram o espaço para fazerem vídeos ensinando manobras, e também se destacando. E não pense que as mulheres ficaram fora disso! Muito pelo contrário, elas também começaram a aproveitar a “ boa onda”.

Assim, a primeira a estrelar um vídeo nesse estilo foi Elissa Streamer, no ano de 1996, que fez o vídeo “ Non Fiction” da Real Steakboards, ganhando sucesso em todo mundo. A partir daí, as mulheres ganharam ainda mais espaço para que pudessem se aprofundar neste mundo!

No Brasil, o vídeo que fez mais sucesso dentro do skate feminino foi o chamado “ Dona Maria”, sendo também o primeiro vídeo de skate feminino do Brasil, em 1997.

Como destaque de quem são as lendas do skate feminino, estão as conhecidas Lisa Araújo, Patrícia Rezende, Giuliana Ricomini, Ana Paula Negrão e muitas outras.

Mulheres no jogo

Nos jogos mais conhecidos do mundo, a predominância no skate sempre foi por homens. Contudo, isso mudou após Elisa Streamer abrir o jogo Tony Haw’s Pro Skater, e por falar em Tony Hawk, vamos falar dele daqui a pouquinho.

E depois de Elisa, algumas outras atletas passaram a fazer parte do jogo se tornando influência feminina no skate.

Medalhas e mais medalhas

Se engana quem pensa que um homem detém a maior quantidade de medalhas no jogo X Games, pois este título foi dado a Letícia Bufoni. Além disso, a brasileira ainda fez história sendo a primeira mulher vencedora da Super Crow da Street League, no ano de 2015.

Há de se considerar no entanto, que existem ainda algumas disparidades em se tratando de skatistas mulheres e homens. Isso começou a ser observado no Oi Park Jam, onde Yndiara Asp foi vencedora da competição, recebendo um cheque de R$ 5 mil, enquanto Pedro Barros, vencedor da mesma categoria, recebeu um cheque de R$ 17 mil.

A diferença entre prêmios gerou discussões a respeito da valorização das mulheres dentro do skate, o que permite que uma nova de pensar no papel delas dentro do esporte.

Estes foram os maiores destaques da mulher dentro da história do skate, mas não pense que acabou, pois temos muito mais a te contar.

Maior acidente de skate da história

Um dos maiores acidentes de skate da história também aconteceu com uma mulher, ou melhor, uma criança. Aos 11 anos de idade, a skatista anglo-japonesa Sky Brown, sofreu um grave acidente caindo de uma altura muito grande enquanto tentava realizar uma manobra na pista de halfpipe.

E embora tenha sido um susto, em poucos dias a menina ficou bem e voltou à prática do esporte.

Tony Hawk – a lenda do skate

Não podemos falar da história do skate ou de quem foi a lenda do skate sem falarmos de Tony Hawk. O atleta, que se tornou um dos maiores destaques dentro do esporte, se tornou um profissional do skate com apenas 14 anos, ao participar de seu primeiro campeonato.

No ano de 1980, ele conquista seu primeiro título. Contudo, a história não foi apenas de glória, pois Tony Hawk também teve frustrações no seu caminho, mostrando que nem só de sucesso de faz a história de um atleta, mas sim, de persistência e resiliência.

Prova disso, foi que o esportista antes de conseguir realizar o primeiro giro de 900 graus completos dentro do campeonato X Games, teve 11 tentativas frustradas. É claro que, depois disso, ele ficou mundialmente conhecido no mundo do skate. Além disso, ganhou o prêmio de melhor manobra dentro da competição. O que fez com que ele tivesse o seu nome em um jogo, o chamado o Tony Hawk’s Pro Skater.

A partir disso, ele se tornou um esportista mundialmente conhecido, gravando comerciais e sendo parte de diversos filmes e desenhos…

Uma de suas manobras mais conhecidas é a ollie 540, que o atleta aperfeiçoou por mais de 3 décadas.

No ano de 2003, após muitas competições bem-sucedidas e uma carreira ilibada, ele anunciou a sua aposentadoria.

Para compensar toda a sua trajetória dentro do skate, Hawk criou uma fundação: a Tony Hawk Fundation, que desenvolve pistas públicas em comunidades carentes para a prática do skate nos Estados Unidos.

No ano de 2021, Hawk’s, que ainda praticava skate sem participar de competições, se emocionou ao fazer pela última vez a sua manobra ollie 540, já que não irá praticá-la mais, segundo declarações, por estar com 52 anos e a manobra é agora, perigosa para ele.

Realmente, a trajetória deste homem marcou e marcará gerações, mostrando que superação e garra são a chave para o sucesso de qualquer skatista.

O skatista mais perfeito de todos os tempos

Muitos outros atletas ganharam destaque na história do skate, contudo, é preciso destacar Rodney Mullen, um skatista que inventou por acidente a manobra kickflip, que consiste em uma virada com um chute.

O skatista fez parte da equipe Rodney Mullen, se especializando em terreno plano e sendo o primeiro skatista do mundo a receber uma nota 10 em uma competição. Devido à sua história, Mullen foi considerado o melhor skatista de todos os tempos.

Há de se considerar que, com a invenção desta manobra, houve uma grande transformação na história do skate, onde todas as modalidades buscaram se adaptar para realizar uma execução perfeita.

Assim, temos aqui mais um das grandes lendas do skate.

História do Skate – O Skate nas Olimpíadas

Chegamos agora no ano de 2021, e vimos que o skate fez muita história e marcou muitos nomes. E mais do que isso, este esporte se tornou tão famoso e importante que chegou até às Olimpíadas, um marco!

Chegando a Tokyo nas Olimpíadas 2020, que estão sendo realizadas no ano de 2021 devido à pandemia causada pelo novo corona vírus, o skate mostrou que é um esporte que veio para ficar!

Assim como outras modalidades, os skatistas mostraram que o skate traz uma nova proposta, sem tanta rivalidade entre si, comum em outros jogos olímpicos, e mostrando que os atletas desejam, mais do que tudo, superarem a si mesmos.

Além disso, no Brasil o skate nas olimpíadas já fez história e mostra que não interesse a idade, sexo ou etnia, pois o grande destaque foi o de Rayssa Leal.

A brasileira de apenas 13 anos de idade é a mais jovem atleta brasileira. Vindo do Maranhão, Rayssa conquistou a medalha de prata na modalidade skate street. Porém, a sua trajetória já era de conhecimento de muita gente bem antes, já que no ano de 2015 a menina ficou muito conhecida por estrelar um vídeo onde andava de skate vestida de fada, o que lhe conferiu o apelido de Fadinha.

Além disso, Rayssa foi campeã brasileira em de skate aos 11 anos de idade, ganhando inclusive na mesma época, um circuito mundial.

Isso prova o quanto o investimento em atletas brasileiros se torna importante, pois o Brasil realmente tem grandes potenciais.

Considerações finais sobre a história do skate

Como você pode ver aqui, a história do skate envolve alguns elementos interessantes, como amor, paixão, uma mistura de moda, tribos diferentes, lutas e aceitação.

É inegável o destaque que o esporte tem no mundo, e mesmo depois de muitos anos após a sua invenção, ele vem nos surpreendendo com pessoas que propõe novas formas de prática e ganhando espaço inimagináveis, como é o caso das olimpíadas.

Assim como outros esportes, o skate se tornou uma paixão mundial! E os skatistas sejam amadores ou profissionais, se dedicam completamente!

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Até a próxima!